Quarta-feira, 31 de Outubro de 2007
Que grande pesadelo
Tinha que vos vir contar os pesadelos que me apoquentaram esta noite.
 
Não sei se foi do raio das bruxas que não me largam o pensamento, ou se foi  das migas com frituras de carne de porco que me deu p'ra comer ontem à noite, porque meus filhos, não sei se já vos tinha dito, mas aqui a vossa Beata, é mulher de muito alimento, não fora o caso nem eu tinha aguentado as cargas de trabalho que me couberam em sorte, quando vim a este mundo, que dizem que o destino está traçado desde que se nasce.
 
Então não é que me apareceram as bruxas todas a cantar e a dançar à minha roda e deram-me a beber de um caldeirão, um liquido azul que eu nunca tinha provado na minha vida, mas verdade seja dita até tinha o sabor daquele vinho que o menino Felino, trouxe ao Sr.Cura?
 
Eu não queria, mas a tentação foi forte e eu também não sou mulher para desdenhar uma boa pinga e por isso cá vai disto. Até parecia que era veludo a deslizar pela minha garganta abaixo.
 
Quando dei por mim, estava com o meu Zé agarrado pelo cabelo, que já não é muito porque atirou ao pai dele que morreu sem ter pêlo no corpo todo, Deus o tenha em descanso, e a beber do mesmo que eu, e meus ricos isto contado não dá para acreditar, mas não é que ele parecia que tinha o diabo no corpo, a correr atrás de mim e à roda das bruxas todas que até parecia que tinha 20 anos, tão remoçado que estava?
 
Graças aos santinhos que tudo não passou de um pesadelo pois quando acordei mal sabia em que aldeia estava,  até tive que me beliscar e então olhei p'ro meu lado esquerdo e lá estava o meu Zé a dormir descansadinho e a ressonar que nem um porco, como é hábito dele que era um regalo de se ver.
 
Isto das bruxas e de tanta gente a falar-me dos tais comprimidos azuis, é  no que dá.
 
Meus ricos filhos, não se esqueçam, é esta noite que elas atacam.
 
Vou acender uma velinha em vossa intenção.
 
 
 
 
 
 
 
Beijinhos repenicados e não se esqueçam das benzeduras e dos alhos á vossa porta.
 
 
Desta que se assina
 
 
Beata da Aldeia
 
 

Como vai a minha vidinha: a fugir do demónio

Carta escrita pela Beata da Aldeia às 19:41
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14 comentários:
De KI a 1 de Novembro de 2007 às 16:26
Cara Tia

Desculpe tratá-la assim mas sou da linha e não gosto de estar a classificar as pessoas e parecia-me mal estar sempre a chamar-lhe beata, e como até ando a tentar deixarde fumar n me parece de bom tom lembrar-me do mal compreende?

Olhe só lhe digo sei lá... se lhe fosse a contar o meu sonho desta noite...ui ui mas ocmo soube bem... mas a Tia ficava de cabelo em pé a benzer-se e a dizer 'cruz, credo' e eu ia provocar-lhe uma síncope com a descrição mas foi memso himalaias de bem... e que sonho e que Gato... miau...

Olhe Tia fique lindamente, daqui a pouco vou beber um cházinho e lembrar-me de si e juro que esta noite vou tentar não pecar só para lhe agradar.

Beijocas com açúcar e um sorriso travesso nos lábios.


De Beata da Aldeia a 2 de Novembro de 2007 às 22:31
Menina Ki, não conheço essa aldeia que se chama linha, deve ser mais pequena que a minha pela certa, mas depois a menina diz-me.

Se não fôr ofensa, gosto mais que me chame de madrinha, se bem que não assiti ao seu baptismo, mas não faz mal.

Beba um cházinho sim minha filha, porque se calhar ele faltou-lhe quando era novinha e nunca é tarde para se gostar das coisas boas, mas não se esqueça do açucar.

Fala-me dos seus sonhos e ainda bem que não os contou, se bem que mulher séria não tem ouvidos, mas foi melhor assim para bem de todos.


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